Com a recente descoberta de que o deputado Beto Rosado (PP-RN) e seu pai, o ex-deputado Betinho Rosado, devolveram aos cofres públicos R$ 58.885,36 e R$ 9.530,80, respectivamente, valores gastos irregularmente de suas verbas indenizatórias, o Instituto OPS rompe a barreira dos R$ 6 milhões de economia proporcionada aos cofres públicos.

Pai e filho, os deputados utilizaram de suas verbas indenizatórias para abastecer veículos de seus escritórios políticos de Mossoró-RN no posto de combustíveis Laser, cujo proprietário é irmão e tio, respectivamente. A prática não é permitida pela Câmara.
Betinho Rosado, o pai, exerceu seu último mandato entre 2011 e 2015, e no período beneficiou o irmão empresário em quase R$80 mil. Já o filho, que caminhava a passos largos para superar a gastança do pai no posto Líder, somente nos dois primeiros anos de seu mandato negociou quase R$ 59 mil com o tio.
Em 2016 a OPS cobrou do parlamentar em exercício, que não se pronunciou. Resolveu, então, fazer o E-mailzaço, recurso tecnológico próprio da OPS que permite aos cidadãos voluntários o envio de uma mesma mensagem ao parlamentar cobrando explicações sobre o caso e a devolução dos recursos aos cofres da Câmara, tendo sido disparadas 420 mensagens. O deputado se manteve indiferente.
A alternativa final encontrada pela OPS foi denunciar pai e filho no Ministério Público Federal, o que ocorreu em 18 de dezembro de 2016 e que acabou se tornando processo na Justiça Federal da 1ª Região, tendo sido os políticos sentenciados à perda dos direitos políticos por 3 anos, além do pagamento do que ainda é devido ao Estado e das custas processuais. O processo ainda cabe recurso.
O Instituto OPS, por meio de seu braço fiscalizatório, OPS, ainda conseguiu fazer retornar aos cofres públicos o valor de R$ 2.599,49 que, somados aos já devolvidos pelos Rosado até o momento, perfaz o total de R$ 71.015,65, resultando assim no total R$ 6.067.496,42 de economia proporcionada aos cofres públicos.
Demais devoluções
Cacá Leão (PP-BA) devolveu R$ 121,14 por ter sido reembolsado indevidamente pela Câmara por valores referentes às multas cobradas pelo atrasado no pagamento de despesas do imóvel onde mantém em funcionamento seu escritório de representação política no estado.
Magda Mofatto (PL-GO) devolveu R$ 66,42 pelo mesmo motivo de Cacá Leão.
O deputado Paulo Guedes (PT-MG) se viu obrigado a devolver o valor de R$ 100 aos cofres públicos depois de ter recebido uma nota fiscal fria referente a uma estadia no Hotel Paraíso do Sono, empresa que já havia sido baixada perante a Receita Federal.
As três devoluções aos cofres da Câmara dos Deputados somam R$ 287,56.
O deputado estadual do Mato Grosso do Sul Evander Vendramini (PP) restituiu aos cofres públicos o valor de R$ 502,55 após ter sido flagrado pagando com verba pública produtos que não permitiam reembolso. Seu chefe de gabinete, Salatiel Nascimento, também teve que devolver R$ 513,48 pelo mesmo motivo.
Reparando também os prejuízos causados aos cofres públicos, os deputados Jamilson Name (sem partido) devolveu R$ 20, João Henrique (PL) devolveu R$ 15, Lídio Lopes (Patriota) devolveu R$ 38, Neno Razuk (PTB) R$ 320 e Onevan Matos (PSDB) o valor de R$ 902,90.
As devoluções em Mato Grosso do Sul somam R$ 2.311,93.
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