O Brasil é um dos maiores países em extensão territorial e sua economia também é destaque no cenário internacional. Vivemos em uma democracia plena e o cidadão brasileiro é quem escolhe seus governantes.
O dinheiro dos tributos é que faz movimentar a economia do país e de suas 27 unidades federativas, ou seja, é o cidadão quem paga por todas as despesas públicas. Os responsáveis por gerir o dinheiro são os “gestores públicos”, cidadãos que detém o poder de investir o dinheiro de todos os brasileiros onde é necessário.
O problema é que apesar de lindo e cativante, o Brasil sofre terrivelmente com a corrupção. Estima-se que aproximadamente R$ 160 bilhões (US$ 30 bilhões) ao ano são desviados por corruptos.

Existem órgãos que se dedicam exclusivamente a fiscalizar o uso de todo o dinheiro movimentado por instituições públicas, mas isso não tem sido, e jamais foi, o suficiente.
Como forma de tentar minimizar os impactos negativos que a corrução causa ao país, cidadãos brasileiros precisam ajudar na árdua tarefa de também fiscalizar os contratos celebrados entre empresas privadas com instituições públicas.
Porém, os governos locais não se empenham em capacitar cidadãos a exercerem o que chamamos de “controle social”, ou seja, o controle dos cidadãos sobre os gastos públicos.
Para ajudar a mudar esse quadro e contribuir na capacitação dessas pessoas, o Instituto OPS realiza trabalhos de fiscalização em parceria com a sociedade. Funciona assim:
– O instituto escolhe o que deve ser fiscalizado e utiliza as redes sociais para convidar cidadãos a fazerem parte da fiscalização, o que é dado o nome de “operação”.
– Lúcio Big, fundador e diretor da entidade, cria tutoriais e dá o treinamento necessário para que qualquer cidadão possa realizar o trabalho voluntário.
– Sistemas de comunicação entre a entidade e os voluntários são criados para que o material produzido durante a operação seja enviado para a conferência de Lúcio Big.
– Após concluir a apuração dos dados, denúncias são elaboradas e entregues nas entidades responsáveis para que as providências cabíveis sejam tomadas.
O resultado que obtivemos até agora é absolutamente positivo. Além de um incalculável número de pessoas que, de forma autônoma passaram a fiscalizar contas públicas da região onde moram, mais de R$ 6,2 milhões (cerca de US$ 1,2 milhão) de economia já foi proporcionada aos cofres do país.
Em dezembro de 2020 o Instituto OPS, cujo nome completo é Instituto Observatório Político e Socioambiental, foi um dos vencedores do International Anti-Corruption Excellence Award que é oferecido pela Rolaac, entidade ligada à ONU, que concede o prêmio às melhores iniciativas anticorrupção do mundo.
Um dos objetivos da entidade é continuar ampliando seus horizontes para que consiga fiscalizar ainda mais órgãos públicos pelo país e ampliar o número de cidadãos que fiscalizam o uso do dinheiro público.